Lendas envolvendo predadores grandes, semi-humanóides, peludos e com hábitos semelhantes a animais não é nenhuma novidade. Temos uma infinidade desse tipo de lenda. Mas você já ouviu falar da Besta de Bray Road?
Esta besta aterroriza parte dos Estados Unidos desde o início do século XX. Não se sabe o que realmente ela é. Mas se tem certeza que não se trata de um lobisomem. Pois seus ataques acontecem durante e depois a lua cheia. Pois além disso pessoas que confrontaram a criatura afirmam que ela é menor do que um lobisomem costuma ser.
O que é a Besta de Bray Road
Os primeiros ataques devidamente documentados ocorreram no começo de 1980. A população de todo o centro oeste dos Estados Unidos ficou em pânico. Pois foi ao ponto de algumas cidades do interior, instituírem toque de recolher em alguns momentos.
Pois as próprias autoridades não sabiam com o que estavam lutando. O epicentro desta tormenta acontece em Elkhorn, Wisconsin. Especificamente na madrugada do dia 14 de maio de 1980.
Neste dia, Trevor P. Winters estava de guarda na pequena base militar que fica nas imediações da cidade. Seu turno havia começado há pouco mais de 3 horas, então o jovem soldado estava bem atento, caso surjam dúvidas sobre o seu real estado.
O Relato
Pois bem, ele relatou que, ao passar pelo posto de vigilância P-8, se deparou com uma criatura. Porém de início, acreditou ser um lobo. Pois a região possuía uma vida silvestre considerável e eram frequentes as aparições desse tipo de animal.
Ao se aproximar e ligar sua lanterna, o homem teve uma surpresa. Pois não era um lobo e sim uma criatura semi-humanoide, curvada se alimentando de um cervo. Segundo Trevor, a criatura era acinzentada.
Além disso, possuía os membros inferiores parcialmente atrofiados. Como se fosse um tipo de cão, porém os membros superiores eram semelhantes ao de um primata. Suas garras gigantescas rasgavam a pele do servo como se fosse papel.
Ao se dar conta de que estava sendo observada, a criatura se voltou contra Trevor, seus olhos refletiam a luz da lanterna. Dava um aspecto ainda mais aterrorizante para a criatura infernal. A besta tentou por diversas vezes romper a grade de proteção da base, mas não conseguiu.
Trevor efetuou vários disparos contra o monstro, mas os tiros dados de seu rifle M-16 pareciam ser de festim, não causavam dano aparente a criatura. Com o barulho dos tiros o alarme da base foi acionado. E com ele, mais militares vieram. Porém somente alguns, chegaram a ver a criatura fugindo para dentro da floresta.
O Interogatório
Trevor passou por um intenso interrogatório sobre o que havia acontecido naquela noite. O pobre rapaz contara tudo exatamente tudo o havia visto. Mas mesmo assim seus superiores se recusavam a acreditar nele. O resultado disso foi a detenção de Trevor dentro da base por 3 semanas. Culpado foi por efetuar disparos desnecessários, de acordo com o relatório do comandante de base.
De porte mediano, peludo, parecido com um lobo gigante, estas seriam as características da criatura de Bray Road. A princípio podemos dizer logo de cara que se trata de um lobisomem não é mesmo? É eu também acreditaria que se trata de um se não fosse o próximo relato…
Relato da Besta de Bray Road
19 de julho de 1981, algum tempo após o avistamento de Trevor, os relatos de novas aparições desta mesma criatura se multiplicaram por todas as cidades da região. O xerife do condado achou por bem instituir um toque de recolher.
Pois acreditava se tratar de um algum lobo que estava rondando as proximidades.
Durante a tarde deste mesmo dia o xerife e sua equipe estavam colocando armadilhas na região.
Tinham o intuito de apanhar este lobo e se livrar dele rapidamente antes do anoitecer.
Conforme entravam na floresta, mais escuro e frio estava ficando, era como se estivessem entrado em outra dimensão, devido as arvores milenares e o clima de montanha era natural que isso fosse acontecer.
Após alguns minutos de caminhada, se depararam com uma toca de urso aparentemente abandonada.
Achando que se tratava do local onde o lobo morava, o xerife e dois policiais entraram.
Tinham o intuito de se livrar da criatura. Alguns deles jamais sairiam vivos de lá.
Relato do ajudante do xerife
“Nós estávamos andando na ala norte da floresta perto da cidade, estava estranhamente frio naquele dia mais frio do que nos dias anteriores.
Então após instalarmos algumas armadilhas e, caminharmos para dentro da floresta, encontramos uma grande toca.
Provavelmente teria sido de um urso, antes que todos fossem exterminados, talvez o lobo estivesse morando lá dentro. O xerife Winston era muito exigente e deu a ordem para que eu Charles, e meu companheiro Albert fossemos na frente.
O maldito, além de exigente era medroso, ao entrarmos na toca, nos deparamos com diversos animais em decomposição. Mas provavelmente resultado de semanas de caça, lá certamente era o local onde o lobo morava!
A toca era maior e mais escura do que imaginávamos, e só tínhamos uma lanterna, o que dificultava (e muito) o nosso trabalho, ao entrarmos totalmente na toca escutamos um rosnado selvagem.
Meus músculos congelaram, tínhamos acordado um lobo capaz de matar cervos adultos. Meu Deus! Ele poderia facilmente nos matar ali, precisávamos encontra-lo!
Ao focar a lanterna pelos cantos da toca, finalmente encontrei o suposto lobo. Para o nosso infortúnio não era um lobo e sim uma criatura grotesca. Com olhos amarelos, corpo curvado, coberto com pelos.
E quando nada adianta?
Mas parecia estar com sarna, pois em algumas extremidades de seu corpo haviam purulentas feridas.
A criatura fitou-nos e atacou Albert, como num instinto natural eu corri, mas acabei tropeçando numa ossada e desmaiei ao bater minha cabeça em algo. A partir deste momento não vi mais nada, somente ouvi: Gritos, tiros e o fungar da criatura sobre o meu corpo.
Ao acordar já era de manhã novamente, aparentemente eu passei a noite toda desmaiado. Não irei mentir, em nenhum momento pensei em procurar pelos meus companheiros. Somente me levantei e me pus a correr pela floresta.
Felizmente cheguei na cidade em segurança, e agora estou aqui dando o meu depoimento, dizem que os corpos dos meus amigos foram encontrados destroçados.
Possivelmente por um urso e não por um lobo, como tínhamos achado antes.
Eu sei o que vi, e o que eu vi não era um urso, aparentemente humanos não faziam parte da dieta da criatura. E, por sorte fiquei inconsciente, o que não ofereceu ameaça a criatura que me deixou em paz.
Eu sou o Tenente, Charles L. Kuzack e eu sei o que vi nas proximidades de Bray Road.”
E aí conhecia este relato? Ele é o mais completo já encontrado, em interrogatórios posteriores. Charles foi exposto ao teste do polígrafo, passando em todas as ocasiões, o que nos deixa um pouco com medo, e dando crédito para a existência desta estranha criatura.
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